Tratamento dos Efluentes da Bacia do Rio Pajeú 80 L /S – Sobral

Parque da Cidade e Pajeú

O Córrego Pageú, era naturalmente um córrego intermitente encravado na Caatinga arbustiva, com o desenvolvimento urbano da cidade de Sobral, os esgotos passaram a desembocar no córrego, tornando-o um fluxo de água perene, ainda que um córrego de esgotos. A Cidade desenvolveu-se, ocupou suas margens e em sua APP, instalara-se dois parques (Parque da Cidade e Parque Pageú), com perspectiva da instalação de um terçeiro Parque (Da Fazenda). Os Parques instalados, tinham diversos equipamentos de lazer e cultura, como, quadras de vôlei, basquete, futebol de salão, e de campo, mesas de xadrez e damas, anfiteatro, etc; mas a população raramente as utiliza, devido ao mau cheiro nauseabundo de Gás Sulfídrico (Ovo Podre) que exala do córrego.

Em função disso, elaboramos projeto para a administração pública, visando com o uso de Biofitorestauração através da construção de SACs – Sistemas de Alagados Construídos na margem do córrego e de SANs – Sistemas de Alagados Naturais no leito do córrego, diminuir os odores, melhorando os parâmetros físicos, químicos e biológicos, polindo o efluente que sangra pelo Córrego Pageú.

Projetamos um total de 14.783,13m² de área de SACs (Sistemas de Alagados Construídos) e de 18.700,16m² de SANs (Sistemas de Alagados Naturais), com o plantio de 329.278 mudas de Macrófitas Aquáticas. Isso possibilitou o polimento de um volume de esgotos na ordem de 80l/s ou seja, 6.912 m³ ao dia. A DBO de entrada no sistema é de 270mg/l e a DBO de saída prevista de 63mg/l.

Existiram outros ganhos ambientais além do polimento de 80m³/s de esgoto, reduzindo a DBO em 77%, que são; o povoamento natural das áreas alagadas com organismos aquáticos e aves migratórias; a composição de jardins floríferos todo o ano em plena Caatinga; o uso dos equipamentos desses parques lineares pela população, pois o odor fétido se extinguiu.