Tratamento de Efluentes Parque Anhanguera

O CeMaCAS Parque Anhanguera, é um Centro de Manejo e Conservação de Animais Silvestres, pertencente á Prefeitura do Município de São Paulo, onde são recolhidos animais silvestres oriundos de apreensão, acidentes e aqueles resgatados por maus tratos. A função do CeMaCAS é tratar dos animais e prepara-los para a vida livre novamente.

Com atendimento da ordem de 10.000 animais ao ano, principalmente aves e mamíferos, o Centro dispõe de Hospital Veterinário e áreas de alojamento e treinamento desses animais.

Fizemos parte da equipe que elaborou o projeto inicial pela empresa Itubanaiá, ainda no ano de 2011, à época o volume a ser tratado, demandava 40m³ dia de esgotos, somados domésticos e clínicos.

A necessidade da instalação de um sistema por Biossaneamento era real pois o Parque Anhanguera não dispunha de rede de esgotamento sanitário e o efluente produzido, por ter produtos como Amônia Quaternária, Iodetos, Glutaraldeidos, Cloreto de Benzalcônio, Antibióticos. Antiinflamatórios, Aldeídos, Formaldeídos entre outros grupamentos químicos, bem como por hospedar uma gama diversa de animais silvestres e face ao alto grau de risco de contaminantes, quer sejam Fungos, Bactérias ou Vírus, não podendo o efluente ser descartado ao ambiente sem um tratamento extremamente eficiente.

Em 2019, participamos de revisão do projeto – pois o CeMaCAS, tivera sua capacidade revista –, reduzindo o projeto para uma carga diária de 25m³/dia; participamos também junto à Construtora Construdaher do acompanhamento da implantação do sistema.

O projeto básico consiste inicialmente na separação do efluente doméstico do efluente clínico, sendo em separado encaminhados para uma Câmara de gradagem, neste ponto o efluente clínico sofre por um tratamento por Ozônio de Alta Eficiência, para que as grandes moléculas sejam quebradas.

Num segundo momento, tanto efluente clínico como doméstico são encaminhados para em conjunto de para um sistema de Biofitorestauração composto inicialmente por oito Filtros Verticais, onde se objetiva uma segunda oxidação das bases químicas.

Ao final desses Filtros Verticais que trabalham alternadamente, o efluente doméstico e clínico se misturam, indo abastecer oito Filtros Horizontais que trabalham sequencialmente. Ao final do oitavo Filtro Horizontal, a água polida é bombeada para uma lagoa com área de 370m² e volume de reservação de 740m³, essa água é já classificada como água de reuso e pode ser utilizada para vasos sanitários, lavagem de ruas e calçadas, para combate a incêndios e para uso agrícola.

Os Filtros Verticais englobam área de 800m³, tendo os Filtros Horizontais área de 1.400m², o lodo produzido na caixa de gradagem, é encaminhado por gravidade por um conjunto de seis Leitos de Secagem de Lodo, que perfazem área de 75m²; a área total que compõe o tratamento, jardins de entorno e área de recomposição de floresta nativa, que também se insere no projeto, perfaz aproximadamente 40.000m².

Todo esse Sistema de tratamento de efluentes por Biofitorestauração, tem apelo ambiental, com a montagem de estruturas de comunicação e de Praça de Educação Ambiental acessível, onde todas as etapas do tratamento por Biofitorestauração podem ser explanadas.