Tratamento de Efluente Após Lagoa Facultativa Para Polimento da Água com Destino ao Rio Acaraú e Suprir Demanda de Irrigação de um Viveiro de Mudas Florestais e Ornamentais

Desenvolvemos projeto e implantamos sistema de produção de água para uma empresa que objetivava produzir árvores em plena Caatinga da Depressão Nordestina, onde poços rasos ou artesianos produziam água salgada; a água de abastecimento urbano era inviável economicamente para essa atividade.

A solução que encontramos era polir o afluente das Lagoas Facultativas que tratavam os esgotos da cidade, que apesar de terem sido tratadas, apresentavam ainda DBO de 182mg/l, NO2 em 5,5mh e P em 6mg/l; condições que impediam o uso para atividades agrícolas e o contato humano.

Projetamos dois sistemas independentes que se iniciam após as lagoas naturais existentes ao final das Lagoas Facultativas de tratamento de esgotos. O primeiro trabalho, criou um Sistema de Alagados Naturais (SANs), com uma área de 4.500m², que realizando o polimento do efluente resultante da s Lagoas facultativas num volume de aproximadamente 190l/s.

O segundo sistema projetado, desviava uma vazão de 20l/s, que por gravidade, desagua num Sistema de Alagados Construídos (SACs) de fluxo rápido que realiza um segundo polimento, numa extensão de 250 metros lineares e área de 750m².

Ao final desse segundo polimento, esse volume é canalizado e por diferença de altura, aproveitando essa energia potencial, movimenta uma roda d’agua de pistão que eleva uma pequena parcela do total que será novamente polido por um outro Sistema de Alagados Construídos que foi projetado com comprimento de 200 metros lineares e área de 300m², suficiente para polir uma vazão de 1,2l/s, o que representa volume diário de 103m³, o que supre a demanda para irrigação de toda área do viveiro que é de 15.000m².

Ao final do terçeiro polimento, há uma lagoa de armazenamento e de solarização com o objetivo de via UV do solar matar os microorganismos patogênicos que tenham sobrevivido ás fases de polimento; essa reserva é suficiente para abastecer toda a área do viveiro por um período de 10 dias sem bombeamento pela roda d’agua. É importante frisar que em nenhuma fase do tratamento há consumo de energia elétrica.