Avenida João Paulo Belém-PA

REALIZADO EM PARCERIA COM

A região metropolitana de Belém, desenvolve-se para Leste na direção da cidade de Castanhal, uma vez que os outros tres quadrantes são tomados pelas águas e Igarapés da Bacia do Rio Guamá; em função disso, o sistema viário deve acompanhar esse desenvolvimento.

Uma via de trânsito rápido foi projetada para retirar o trânsito de passagem do centro nervoso da cidade de Ananindeua, essa avenida nomeara-se de avenida João Paulo, em seis quilometros de seu percurso, a nova via tomou para si áreas do Parque Estadual do Utinga.

Como medida de mitigação pela perda de área, acordou-se que seria realizado o tratamento dos esgotos dos bairros á montante da via, que em sua maioria pertencem ao município de Ananindeua e pequena parcela á Belém, representando área de 8 milhões de m² de área urbana, com população estimada em 90.000 habitantes.

A Jardim e Companhia empresa sediada em Belém do Pará, com décadas de experiências em projetos ambientais e de paisagismo, foi contratada para desenvolver o projeto, juntamente com a Hidrobotânica Ambiental e a Companhia das Árvores, realizou-se todos os estudos preliminares e o desenvolvimento de ante projeto e projeto executivo.

Todo o esgoto produzido por essa população, é lançado in natura na “sarjeta” e conduzido pelas galerias de águas pluviais para os mananciais do Parque Estadual do Utinga, representados pelo Açude Bologna e pelo Lago da Água Preta, que são responsáveis pelo abastecimento de água de 70% da Região Metropolitana de Belém.

A região metropolitana de Belém não realiza nenhum tratamento de seus esgotos. Apenas na região do centro velho, as antigas mangueiras realizam esse tratamento, haja visto que tem naquela cidade porte e vigor excepcionais, em  função de se “alimentarem” do esgoto que escorre junto ás raízes no “meio fio”.

A solução tecnica aprovada e licenciada pela Secretaria do Meio ambiente do Estado, para evitar que os esgotos urbanos gerados á montante da Avenida João Paulo, evitando que eles atingissem os já eutrofizados mananciais de abastecimento do Parque Estadual do Utinga, foi a implementação de 13 Sistemas de Alagados Construídos (SACs), 4 Sistemas de Alagados Naturais (SANs) e 3 Sistemas de Alagados Flutuantes (SAFs).

Os Sistemas de Alagados Construídos(SACs), são elementos construtivos impermeabilizados, onde as plantas desenvolvem-se em meio poroso, que recebe quantidades determinadas de efluentes, fazendo com que o conjunto plantas e microorganismos realizem a transformação dos elementos poluidores.

Os Sistemas de Alagados Naturais (SANs), são estruturas que visam a distribuição homogênea dos efluentes á serem tratados por toda uma área naturalmente alagada, uma vez que os efluentes líquidos procuram sempre escoar por fluxos determinados.

Já os Sistemas de Alagados Flutuantes (SAFs), visam ocupar áreas com lâmina de água superior á 60 cm, onde com a ajuda de material flutuantes as macrófitas aquáticas desenvolvem suas raízes no perfil de profundidade, realizando com o filme bacteriano o polimento da água.

A redução dos índices de contaminação pelo conjunto SACs + SANs + SACs, seria de 82% da DBO inicial é em média de 180 mg/l , medida nas passagens dos esgotos sob a Avenida João Paulo.

As áreas dimensionadas para cada tratamento, foram de SACs = 33.408m²; SANs = 66.062m² e SAFs = 3.287 m²; a quantidade de mudas de Plantas Macrófitas Aquáticas, foi dimensionada em 773. 383 unidades.